Ferber, filho de um farmacêutico, estudou na Universidade de Uppsala onde ensinavam A.F. Cronstedt, J.G. Wallerius e C. Linnæus. Dedicou-se, a partir de então, ao estudo de minas e de minerais, da química e da metalurgia em vários países e regiões europeias por onde viajou entre 1765 e 1773, a saber, a Alemanha, Holanda, Suíça, França, Inglaterra, Hungria e Itália onde viria a conhecer Correia da Serra, em Roma. Ferber manteve depois correspondência com Correia da Serra tendo sido eleito sócio correspondente da ACL na sessão de efetivos de 22 de maio de 1780.
As suas indagações e observações sobre alguns aspetos de história natural da Itália, foram depois publicitadas pelo próprio Ferber, numa primeira edição em alemão (1773), sob a forma de 26 cartas endereçadas a outro mineralogista, Ignaz Elder von Born. Esta obra seria depois traduzida para francês e também para inglês (
Ferber publicou várias obras, fruto das observações realizadas durante essas viagens por várias regiões da Europa e que constituíram contribuições importantes nas áreas da geologia, mineração, processamentos de minérios metálicos, maquinaria de extração, fundição e siderurgia. Apoiado nas suas observações vulcanológicas em Itália, Ferber viria a tornar-se um vulcanista por oposição às teses neptunistas de Abraham W. Werner, então dominantes na Alemanha.
Ferber foi professor de química e história natural na Academia Petrina de Mitau e membro da Academia Leopoldina (1781) e da Academia das Ciências de S. Petersburgo (1783). Tornou-se depois, por convite, diretor das Minas em Berlim e membro da Academia Prussiana das Ciências (1786). Foi também membro da Academia das Ciências de Siena e da Sociedade Agrícola de Florença e Vicenza.