Nasceu na comuna de Savigliano, uma vila fortificada que encabeçava a região de Cúneo, no Piemonte, no seio de uma família do
A partir de 1792 dedicou-se ao estudo de línguas antigas e modernas, tanto europeias como orientais, nomeadamente o grego, o hebraico e o árabe. Ensinou durante alguns meses em Savigliano, dando aulas privadas a partir de 1795, numa altura em que o sistema escolástico do Piemonte passou por fortes conturbações.
Em 1797, foi ordenado sacerdote e nomeado primicério da colegiada de Santo André em Savigliano. Nesse mesmo ano, foi convocado a ensinar teologia no Real Colégio de Torino, sendo nomeado assistente de biblioteca do dito colégio, em 1798, passando para a posição de efectivo em 1800. Anos depois terá sido convidado pelo bispo da diocese de Casale Monferrato, Jean-Chrysostôme de Villaret, para ensinar teologia no seminário diocesano.
Em finais de abril de 1807, deixou a Universidade de Torino que se encontrava então em grande desorganização. Tendo-se dirigido duas vezes a Paris, em 1807 e 1808, na esperança de leccionar na faculdade, a conjuntura não se revelou favorável a Mabellini que, no entanto, publicou em 19 de outubro de 1809, uma pequena rúbrica no periódico parisiense
Quatro anos depois, em 1814, com a implosão do império napoleónico, Mabellini deixa de lecionar na Escola Normal Superior e é forçado a retomar as aulas particulares de grego, hebraico e árabe. No ano de 1815 publica um opusculo onde aborda questões relacionadas com tradução de poemas gregos e latinos para o francês, intitulado
Foi eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa na sessão ordinária de 6 de junho de 1826, após ter endereçado à Academia - por intermédio do ministro plenipotenciário português em Paris e sócio da Academia, Pedro de Melo Breyner - um opusculo publicado em Paris naquele mesmo ano, intitulado
Em 1829, não obstante de se ter encontrado gravemente doente, Mabellini retoma a atividade letiva, vindo a ser nomeado mestre conferencista e professor de primeira classe da cátedra de grego, de novo na Escola Normal que foi reaberta em 1830 após a entronização de Luís Filipe I. O rei de França terá conferido dois anos depois, em 1832, a Legião de Honra a Mabellini que faleceu volvidos dois anos em Paris, a 13 de agosto de 1834. A notícia da sua morte terá tardado a chegar à Academia das Ciências de Lisboa, pois em 10 de outubro de 1834, passados já perto de três meses da sua morte, Mabellini é eleito sócio livre, ignorando-se certamente que este já havia falecido.
Mabellini dedicou grande parte da sua vida ao ensino e influenciou as gerações subsequentes de estudos helenistas, particularmente em França. O número das suas publicações foi reduzido, todavia, deixou um vasto leque de manuscritos, entre apontamentos e textos inéditos, que foram legados à Universidade de Torino. Terá redigido um volumoso dicionário grego-latim-francês, intitulado