Agostinho José da Costa de Macedo foi professor régio de Filosofia Racional e Moral e também segundo bibliotecário da Biblioteca Pública de Lisboa. Mas não se limitou ao ensino e à biblioteconomia; sendo eleito sócio supranumerário da Academia em 21.06.1780, desempenhou ainda um papel crucial na comissão responsável, desde 28.06.1780, pela composição do primeiro dicionário académico português, juntamente com Pedro José da Fonseca e Bartolomeu Inácio Jorge, após os restantes membros terem saído da comissão. O primeiro volume sairia em 1793, mas não teve continuação, ficando-se pela letra A.
A sua dedicação à língua portuguesa é evidente não apenas por ter participado nesta comissão, mas também por ter sido responsável pelo
Em 1798, fez parte da comissão de exame do “Plano de Instrução Nacional”, juntamente com Alexandre António das Neves, o visconde de Barbacena, José Maria Dantas Pereira, António Ribeiro dos Santos e Joaquim de Fóios.
Macedo foi também responsável pela impressão e prefaciador do
Além de membro da Academia Real das Ciências, pertenceu igualmente à Sociedade Literária Tubuciana de Abrantes, testemunhando uma participação ativa nos círculos culturais da sua época.
Um dos seus filhos, Joaquim José da Costa de Macedo, tornou-se também sócio da ACL, tendo publicado essencialmente sobre temas históricos, nomeadamente sobre o período das navegações.
Morreu no ano de 1822, a 22 de outubro, e em estado de cegueira; mas o legado de Agostinho José da Costa de Macedo enquanto educador, bibliotecário e lexicógrafo permanece como um testemunho do seu compromisso com o avanço da cultura e do conhecimento em Portugal.